6ºlugar: Plinio Marcos Basílio.
*Poema: Quatro tempos.
*Cidade: São Paulo/SP.
*Pontuação: 303.
Nessa terra já teve fartura!
Sobrava de tudo um pouco,
alegria e bravura.
Na terra de todas as prateleiras,
começou a faltar o amor...
E, então veio um tempo louco,
aprisionando e causando dor.
Quatro tempos destemperados
insossos lutam para se sobreporem.
Pelejas furiosas,
de tempos em tempos muitos gritos,
Cresceu a animosidade,
aumentando os atritos.
E como consequência,
deu-se o esperado, amém.
As cartas da cigana estavam certas!
Quando semelhantes batalham,
nada sobrevive ao embate!
Chuvas intensas e múltiplas tempestades ofertando
sol abrasador, queimando a pele das ovelhas na fila do abate.
Frio sem precedente,
derrubando gente no poço fundo.
Fome sem fim!
É o início do fim, do mundo...
Cada qual com suas propriedades,
deixaram marcas irreversíveis.
E ficou das cores, apenas saudades e uma legião de insensíveis
Ficou das cidades, apenas lembranças na crescente insegurança.
A terra angustiada estremeceu,
jogou para o umbigo do universo
todos os horrores plantados no santuário de todas as essências.
A esperança ficou com o poeta com seus e verso
descrevendo o começo de uma nova existência.
Quando os meninos perdidos fizeram uma banda,
cantaram as peripécias das nuvens negras.
Amaram tanto as cinzas que viram em uma propaganda
dos novos comandantes gritando regras.
Empurrando uma natureza descompensada.
Uma pressão insuportável vinda dos quatro cantos
Calava a multidão no próprio medo enjaulada
enquanto as estações se revezavam em diminuir os sentimentos.
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