2ºlugar: Adilson Monteiro da Costa.
*Poema: Tributo ao poeta Mahmoud Darwish.
*Cidade: São Lourenço da Mata/PE.
*Pontuação: 339.
Às vezes,
a pena que rabisca nossa história
precisa se reinventar,
na metamorfose do pincel
que teima colorir o infinito caleidoscópio
de todos os sonhos impossíveis...
A partir daí,
o poeta se desnuda
na doce loucura
do seu universo de quimeras,
em meio às praças,
teatros e mesquitas,
por tantas vezes surdo
às carnificinas dos fuzis,
canhões e das genocidas ogivas...
Quanto ao primeiro filho,
mesmo fechando os olhos às suas asas,
ainda hoje o conduz aos mais longínquos
recantos do planeta,
do Egito à União Soviética,
passando pela França,
Marrocos e Países Baixos...
E o Pássaro sem Asas
ganha outros irmãos,
como o Mural, Estado de Sítio,
Da Presença e da Ausência,
dentre outros...
Enquanto isso,
sua pena também singra,
com igual desenvoltura,
nas ondas turbulentas da política
e das causas sociais,
quando o poeta,
mesmo perseguido pelo sistema,
nunca deixou de sonhar com um mundo melhor.
Mahmoud Darwish,
conseguiste mostrar-nos que,
mesmo com toda a opressão sofrida,
tua pátria manchada do maldito sangue
dos mais irracionais extermínios,
a tua poesia ainda ecoa estridente em nossos corações!
(Pseudônimo: PACIFISTA DAS ESTRELAS)
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