*Nome: Lilian Araújo.
*Poesia: O fauno e a dríade.
*Cidade que representa: Anápolis/GO.
*Pseudônimo: Flor de Cerejeira.
*Pontuação: 383 pontos.
-Veja a poesia, que ficou em 11º lugar no VIIº CONCURSO POESIARTE:
*"Fazenda" - Tela de Roldão Aires.
O fauno e a dríade
Disse o fauno lentamente
como se quisesse fazer
a dríade finalmente entender,
— Não há mais nada para nós aqui,
se ficarmos iremos morrer!
A pequena fada olhou em despedida
a última árvore que ainda não
havia sido abatida.
Bateu as asas lentamente,
e como se não quisesse mais ver,
deu-lhe as costas de repente.
O fauno, amigo fiel,
quedou-se calado, não sabia o que dizer,
trotou ao lado da desconsolada fada,
vislumbrando o cenário de horror:
tudo sem brilho, sem alegria e sem cor.
Não havia mais estrelas no céu,
não mais brilho do luar,
Tudo agora era triste e cinzento,
morrera a terra, sujou-se a água,
calou-se o vento.
Foi assim que partiram os últimos
seres encantados do planeta
chamado Terra.
Recolheram-se um a um,
fugindo desse mundo de tanta guerra.
Digladiou-se o HOMEM
contra si mesmo tantas vezes.
Atacou a natureza se dó nem piedade,
seus atos foram malignos
e repletos de irresponsabilidade.
Foram os dois últimos a chegar
naquele novo lar,
prantearam todas as perdas,
e desejaram um novo recomeçar.
O mundo que para trás deixaram
já não teria mais o que comemorar.
Seria duro e cruel tentar viver,
depois de a última árvore fenecer.
(Pseudônimo: Flor de Cerejeira)
*Comentário feito pelo jurado Fernando Aires de São Paulo/SP:
"Muito
bem elaborada, a poesia, verso por verso, alude à mitologia grega e traz no
debate a questão do desmatamento irresponsável, que é conseqüência da ambição
do homem. Tem
criatividade, ótimo vocabulário, excelente conotação."
(Fernando Aires - jornalista)
*Comentário feito pelo jurado Emanuel Carvalho de Natal/RN:
"Belíssimo texto que transmite ao
leitor um alerta que o fim do mundo acontece todos os dias, com as guerras que
só trás horror, a morte ela é a única vencedora e muito mais eminente é o fim
do homem que só procura o seu próprio silêncio sem se dar conta ou finge não
querer ver o resultado do seu próprio fim."
(Emanuel Carvalho - escritor)
5 comentários:
muito legal, Lilly... até parece uma prosa poética... ;)
Uma história triste... um lindo poema prá amenizar...
Parabéns, Lillith!
Bjin,
nédia.
Obrigada ,
Geraldo Trombin, pelo carinho, por ler e comentar!!
Oi Nédia,
Muito obrigada por gostar e comentar. Estou no aguardo da sua ainda mais lá em cima. Rss!
O poema é maravilhoso. Apesar de doce, denuncia e provoca a reflexão. Parabéns, Lilly.
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