"Só com a leitura um povo pode se tornar forte em sua cultura." (Rodrigo Poeta)

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

2°lugar no I° Concurso POESIARTE.

- 2°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Sandro Donato Agripino (Sandro Colibri).
- Natural: São Paulo-SP.

- Cidade em que representa: São Paulo-SP.
- Data de nascimento: 09 de dezembro de 1971.
- Atividades: Auxiliar administrativo e poeta.


- Um pouco sobre Sandro Colibri:

- Passei a infância no município de Itaquaquecetuba-SP, onde comecei a escrever e participar dos concursos estudantis, atualmente residindo no bairro de Guaianases-SP, zona leste da capital.

- Inspiro-me na observação do comportamento humano, gosto do movimento louco da cidade.

- A leitura e a escrita tornou-se um habito e um passatempo, na via-crúcis diária do transporte coletivo.

- Publico meus textos nas comunidades do Orkut e no site Recanto das Letras.

- Depois de um longo período sem escrever e sem participar de concursos, voltei a fazê-lo através do incentivo e da parceria com a poetisa Fernanda Gui, no conjunto da obra, devo a ela as honrarias deste feliz retorno.

- Participação no CD: Poeta Vavá do Bixiga cantando e declamando o sertão (com letra “De fazendeiro a Peão”) 2006.

- Honra ao mérito e participação na antologia poética do X Concurso Nacional Menotti Del Pichhia 2003.

- 3º lugar no Concurso Estudantil de Poesias de Itaquaquecetuba 1989.

- 2ºlugar no Concurso Regional – Campanha Eletropaulo – Não solte Balões 1989.

*Imagem de Castro Alves.

- 2°lugar com o poema:

“Castro Alves visita a favela”

Cala o teu ego em meu espírito,

meu conspícuo Castro Alves,
pois teu negreiro ainda sussurra,
o açoite, a fome e outras mazelas.
Por que perturbas minha consciência?
Ouço teus passos adentrando na favela.

Voga tua poesia sobre este esgoto fétido,
a queimar-lhe as narinas,
sob o céu cinzento e em aberto.
Sob teus pés, a urina e o ranço,
de pelados e maltrapilhos;

dos herdeiros da casta marginalizada.

Clama do céu meu amigo poeta.
Roga com a beleza de teus versos,

ao teu povo tão amado e sofrido;
venha nova libertação.
Voga tua poesia silenciando o pranto,
entre as tábuas frias as lágrimas prostituídas.

Sossega teu ego em meu espírito,
enquanto adormeço fitando tua mão,

tristemente empunhando a pena.
Idos, cento e trinta e seis anos,
ainda ouves o tortuoso lamurio.

Voga tua poesia Castro Alves.

Vejo-te na favela, numa imensidão de barracos,
sobre o rastro do árduo batalhador
e dos comensais traficantes.

Vide a inocência desvanecida pelas armas,
pelo medo e pela falta de oportunidades
e voga em tua poesia, que a esperança prevaleça.

(Sandro Colibri)

*Imagem de uma favela.


5 comentários:

§ÅÑÐ®Ø ©Ø£Î߮Πdisse...

Meu caro Rodrigo Poeta, estou muito feliz com a participação no concurso e com a colocação obtida, felizmente ainda temos pessoas como você, dispostos a incentivar e a divulgar nossa literatura. Parabéns pela iniciativa e um grande abraço aos jurados que muito valorizaram esta conquista.
Deus é conosco, beijo no coração de todos.

Sirlei Passolongo disse...

Sandro!

Parabéns por sua poesia, uma linda homenagem a este que foi sem dúvida o poeta das grandes causas, e como ninguém lutou pelos oprimidos escravos...
Também o vejo em tantos lugares desse nosso Brasil, que se aqui estivesse sangraria conosco a dor da miséria do nosso povo.

Parabéns!

Unknown disse...

Belo poema, bela imagem poética, grande homenagem!

E que venham outros poemas com tamanha grandeza e profundidade!
Parabéns!!!

Lilinda Gonçalves disse...

Parabéns pela colocação obtida. Muito bem merecida. Lindo poema!
Que seja um incentivo para outros e mais outros. Felicidades.

Voz Comunitária disse...

Parabéns mano.... Convido a todos para conhecer outras obras deste talento poeta, as quais estão publicadas no site "Recanto das Letras".
Leia "Zumbi dos Palmares" - poesia que foi lida no Congresso Nacional por Paulo Paim.