CONCURSO POESIARTE
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
HOMENAGEADOS COM DIPLOMA DA PEACE MISSION E DA POESIARTE
domingo, 22 de dezembro de 2024
1ºlugar no XIV CONCURSO POESIARTE
2ºlugar no XIV CONCURSO POESIARTE
3ºlugar no XIV CONCURSO POESIARTE
(Em homenagem ao poeta Mahmud Darwich)
É no silêncio que ouço o violino
que acalentava as tardes de verão…
se a mão do tempo escreve meu destino,
eu sopro o sonho com sofreguidão.
É no silêncio que, hoje, aquele sino
bate em meu peito à moda carrilhão,
dobrando a dor aguda… aqui declino
e, temerosa, vou na contramão.
Sinto a presença vil de mil ausências,
vazios cheios de amplas reticências…
(roubaram-me o passado de cetim!)
Da terra em que vivi, do antigo lar,
restou só o prazer de recordar:
o mundo que habitei habita em mim!
(Pseudônimo: Rosália)
4ºlugar no XIV CONCURSO POESIARTE
Sentei sobre a calçada de um céu amplo e azul,
e dos meus olhos não escapou a beleza da Al-Birweh na Palestina.
Sentado ali, olhei para o céu azul!
Oh, quantas estrelas beijam este chão!
Ah, quantas lembranças me vieram de forma poética e sã!
Um mar de luzes nessa terra; quantas noites escrevi nesse luminar, aquecido pelas fogueira.
Um amistoso deserto em rezas, “salats.”
Também senti o vento cheirando a trigo e oliveiras.
O chá fresco servido entre a distância da caneca e o bico da chaleira.
O mato da Palestina, tão verde quanto o verde da natureza renascida!
O sal vindo, soprado pelo vento da noite
O vento parece feliz, vindo e mudando as areias do deserto.
Oh, Allah!
Sobre essa terra, a constelação beijando as almas, eu sinto!
Constelação beijando cada grão, sim, elas beijam!.
Oh, Allah! Eu escrevi poesias.
As escrevi debaixo desse céu azul.
Falei do amor e da saudade.
Falei da família, dos exilados, dos refugiados e dos retornados.
Falei das cinzas em Al-Birweh
E ela tomada pelos tolos,
Pelas mãos que nos açoitam e matam.
Falei de toda a Palestina, do Oriente Médio e da África.
Escrevi sobre tudo,
Da tristeza até a felicidade.
Nas folhas poéticas, sou um pouco de tudo!
Sou poeta palestino, prosador, jornalista, militante e político.
“Lutei pela causa social,” pedindo paz.
Ser poeta é essa pena dourada no que escrevi, vivenciando.
Escrevi à mão, debaixo desse céu amplo. Sentei-me na calçada do meu pensamento, refletindo sobre a consciência do inimigo, mas eles não têm!
Não esperava pela guerra. Enfim, veio.
Não dei partido a ela, mas aqui lutamos para salvar a Palestina. E nesta terra, esvairam-se os mártires.
Agora, sentarei na calçada, sentindo a brisa do vento e olhando para o céu azul, pela glória de todos os aliados que para lá partiram.
E o meu eu, Darwich!
Poeta, palestino da resistência e da paz, deixarei a minha poética como exemplo e a verdade! Quê, não desistimos dessa terra, sob o céu azul e as amplas estrelas do meu país.
Sou poeta de punho
Por uma Palestina livre.
Homenagem ao poeta “Mahmud Darwich”
(Pseudônimo: HayaBohdan)
sábado, 21 de dezembro de 2024
5ºlugar no XIV CONCURSO POESIARTE
5ºlugar: Paulo João Bico Gomes.
*Poema: O transcendental poeta do século vinte.
*País: Guiné-Bissau.
*Pontuação: 314.
O transcendental poeta do século vinte
Na sua alma carregava o ser mundial
Humilde que serve da sua escrita
Se vivia entre o sofrimento do povo
E a dor de viver o amanhã melhor
A sua simplicidade, ultrapassa qualquer escrita
Mahmud Darwich
Mesmo longe, ainda vive entre o ontem e o hoje
A sua palavra, ontem não valia
Hoje, é o tema de toda cúpula
Como se a culpa é o remédio
Dos amplos consensos
Nos seus incansáveis conselhos
Residem o poder da sua fala
Djidiu das letras!
Não é médico
Mas a sua palavra cura
Não é professor
Mas a sua palavra educa
Djidiu das letras!
O mundo chora debaixo das suas lágrimas
Afiando pontas nos cílios secos por diálogo
Sob custo zero da alma forçada por alongar
As pernas em busca do novo rumo
Djidiu das letras!
Quero gritar e fazer sentir-me
A sua voz a bordo do século vinte um
Nos escombros
A procura dos seus ombros
Mahmud Darwich!
O retrato do que espelha
O seu espelho
É a palavra imortal
Dum povo ofertado a esmola
Como se as nossas camisolas
Já não têm golas
Mahmud Darwich!
Devo me murmurar
Para não ser ouvido?
Ou devo me emprestar o seu espírito
Para fazer de si uma incansável
Canção da qual as letras
Será uma música com melodia
Das almas perdidas?
O poeta transcendental
Nas fronteiras da fala
Ouvi os gritos das suas letras
Bebi das suas lágrimas
Apodrece-me em mesquinhos
Pois, a sua voz, já não me soa no ouvido
Meu eterno escritor!
Meu eterno escritor!
Chorei! Chorei! Chorei!
Porque os meus olhos não queriam chorar
O meu corpo não ficaria no chão
As minhas mãos não estariam estendidas
Esperando a quem me limparia
A dor de ser este escritor
Abalando o mundo
Com esta palavra linda
Mas linda se chama à paz
A paz na alma
A paz no interior
A paz entre povo
A paz entre irmãos
A paz! A paz! A paz!
Para que a vida continua saborear da sua sombra
(Pseudônimo : Negro Valente)