- 5°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Laudimeyre Rodrigues Carvalho (Meyre Carvalho Marques – Mey Mey).
- Natural: Brasília-DF.
- Cidade em que representa: Armação dos Búzios-RJ.
- Data de nascimento: 17 de janeiro de 1963.
- Atividades: Jornalista, empresária e poeta.
- Um pouco sobre Meyre Carvalho Marques:
Meyre Carvalho Mey Mey (Marques de casamento), Laudimeyre Rodrigues Carvalho, 44 anos, nasceu no dia 17 01 1963, em uma promessa de cidade e de futuro promissor chamada Brasília.
Faz parte da primeira geração da mais nova capital do país. Filha de numerosa família nordestina que chegou à cidade para ajudar a construí-la.
Em 1982, estudou Civilização Francesa na Universidade Sorbonne e, paralelamente, escultura com modelos vivos na Escola Henry IV, em Paris. Mas a poesia falou sempre mais alto.
Escreve desde os 11 anos de idade, espaçada ou fervorosamente impulsionada pela música e Monteiro Lobato.
Adorava bibliotecas públicas. Foi aí também que escolheu a profissão de jornalista.
Com o mesmo poema de título “Cabra-da-Peste”, foi duas vezes premiada recentemente com o Prêmio Carlos Drummond de Andrade 2007 SESC DF e no I° Concurso POESIARTE com o apoio do Jornal O Popular da Costa do Sol de Iguaba-RJ,realizado pelo professor e poeta Rodrigo Poeta.
Sobre ele, Meyre diz:
“Em Cabra-da-Peste fui iluminada. Saiu como se tivesse cuspido o fogo e a força da mulher nordestina.”
Principalmente quando se nasce e se cria em Brasília, cidade que acolheu um novo Brasil.
Seus livros:
Desabafo, aos 17 anos.
Flor Roxa, aos 21 anos ilustrado por Marcelo Marques e,
aos 24, Janelas, Nem tão Secretas Assim, com ilustração de ângela Regina.
O Autor da apresentação da escritora, o escritor e membro da Academia Goiana de Letras, Brasigóis Felício, e de Ignácio de Loyola Brandão, que faz um comentário especial sobre a Mey na contracapa.
Para Brasigóis, há que se ler Meyre como ela é de verdade, que escreve sem se preocupar com regras, nem movida pela superação da angústia do ineditismo, e que não está para a poesia como quem busca livrar-se de conflitos e angústias do psiquismo.
Tem linguagem e ambição de aprofundar-se nos mistérios da expressão poética, e não lhe falta sensibilidade, paixão e zelo nessa sua jornada de Sísifo.
“A leitura atenta fez-me ver que não é vã e nem superficial a sua fala.
Nem perca tempo o "leitor-borboleta” (superficial). Que outros sintam, como senti, a tessitura das suas emoções, e a doação (sangrando) de sua humana e viva palavra”, derrete-se o escritor e poeta goiano..
Já o escritor Ignácio de Loyola Brandão, citou sua percepção sobre a autora:
-O que me tocou é que há pouca literatura sobre e de Brasília.
Daí o meu interesse pelos cantos de Meyre Carvalho à cidade.
Uma série de poemas amorosos, quase eróticos, bastante sensuais e que me emocionaram.
*Foto de Adenor Gondim.
- 5° lugar com o poema:
“Cabra-da-Peste”
Larguei meu Centro-Oeste, as Gerais e o Nordeste
O “s” sibilado, o uai e bons repentes
Deixei as ruas largas, de andar de “trem” e de montar em jegue
Larguei o milho, a garapa com pastel e a paçoca
O sacolé, a rapadura, o bule de café
Rompi com o carreteiro, o baião e o feijão tropeiro
“Deslambi” o frango, o porco e o calango primo-primeiro
Não levei minha matula, nem as cascas de laranja secas
Para ajudar na digestão
Não esqueci do cão sem alça e sem linhagem
E razão também dessa versão
Mas trouxe mesmo a peixeira, um ruge de cor faceira
E cheiro de colônia para a comunhão
Sem esquecer do passaporte das rendeiras
Bem agarrados à bainha das minhas calças
Que pra no ato de encontrar cabra-da-peste
Vou na hora mostrar, seja no fio da minha faca
Ou no cabo suado da minha enxada
Que sou mulher no Sul, no Nordeste e no Centro-Oeste
E não vou ser menos no Sudeste!
(Meyre Carvalho Marques)
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