"Só com a leitura um povo pode se tornar forte em sua cultura." (Rodrigo Poeta)

segunda-feira, 28 de abril de 2008

IIº CONCURSO POESIARTE DE POESIA

Regulamento

1. Participantes:

Poderão participar do concurso moradores do município de Cabo Frio e demais municípios do Brasil, com idade a partir de 8 anos.

2. Período de inscrição:

Os trabalhos deverão ser entregues para Rodrigo Octavio Pereira de Andrade, no seguinte endereço: Rua Jorge Lóssio, n°1478, Vila Nova – Cabo Frio-RJ.– CEP 28907-015, as inscrições serão aceitas de 5 maio a 8 de agosto de 2008 ou enviadas por Correio até a mesma data, valendo o carimbo postal como comprovante do prazo ou para os seguintes e-mails: poesiarte@hotmail.com e grupoprocessodepoesia@hotmail.com.

3. Modalidade:

3.1- Adulto: poesia – 1 (uma) por concorrente, com o máximo de 3 (três) laudas.

4. Tema:


A Pluralidade Cultural Brasileira.


•Justificativa: Este tema foi escolhido com o intuito de poder mostrar através da poesia uma gama de vertentes culturais de nosso país, constituídas dentro dos nossos costumes, de nossas origens, de nosso folclore e tudo que possa representar a cultura do povo brasileiro.

•Objetivos: Expandir arte e cultura por todos os meios virtuais e pelo meio impresso, e de torná-la uma referência cultural dentro do Orkut e na mídia impressa.


5. Textos:

5.1. Deverão ser escritos em língua portuguesa, digitados em papel branco A4, de um só lado da folha em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, espaço 1,5, em 5 (cinco) vias;

5.2. Não serão aceitos trabalhos manuscritos.

5.3. Os trabalhos deverão ser inéditos, isto é, ainda não publicados.

5.4. Os textos deverão conter exclusivamente o título da obra e o pseudônimo do autor.

5.4.1. Os pseudônimos não deverão guardar qualquer semelhança com o nome, apelido ou outro fator de identificação do concorrente.

6. Apresentação dos Trabalhos – Envelope e Via E-mail:

6.1. Os trabalhos deverão ser enviados dentro de um envelope endereçado da seguinte maneira:


II CONCURSO POESIARTE DE POESIA

Rodrigo Octavio Pereira de Andrade

Rua Jorge Lóssio, n°1478, Vila Nova – Cabo Frio-RJ.

CEP 28907-015


No remetente deverá vir escrito o nome do autor e o endereço.

6.1.1. O pseudônimo não poderá vir escrito no exterior do envelope.

6.2. Todas as folhas dos trabalhos deverão conter apenas o pseudônimo no rodapé, sem assinatura ou qualquer tipo de identificação.

6.3. A ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada deverá vir dentro do envelope.

6.4. Não haverá devolução dos trabalhos recebidos.

6.5. Os trabalhos que não obedecerem às regras estipuladas serão automaticamente desclassificados.

6.6. Os poemas enviados por via e-mail deverão estar em documento Word, seguindo as especificações do item 5.1.


7.
Julgamento:

7.1. O corpo de jurados será formado por profissionais da área, altamente qualificados e designados pela Comissão Organizadora do Concurso, que serão conhecidos e apresentados brevemente nos seguintes blogs:

http://antologiapoesiarte.blogspot.com/ http://grupoprocessodepoesia.blogspot.com/

7.2. As decisões do júri são soberanas e irrecorríveis.

7.3. Serão ainda critérios para julgamento:

7.3.1. Demonstrar conhecimento da linguagem. Seguindo os seguintes itens: conotação (figuras de linguagem), intertextualidade, ritmo, vocabulário e criatividade.

7.3.2. Manter o texto dentro das dimensões propostas no Regulamento.

7.3.3. Não serão aceitos temas pornográficos, preconceitos de cor, raça, religião e etc. Desta forma, a poesia será imediatamente vetada.

7.4. A comissão organizadora decidirá sobre as omissões deste Regulamento, depois de ouvida a opinião do júri.

8. Divulgação dos resultados:

A divulgação dos poemas inscritos com os seus pseudônimos será feitas através da Comunidade POESIARTE do ORKUT e nos blogs, que também divulgarão o resultado final do mesmo nos seguintes links:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=3981552

http://antologiapoesiarte.blogspot.com/ http://grupoprocessodepoesia.blogspot.com/


9.
Premiação:

9.1. O primeiro colocado receberá um troféu, um certificado de participação e publicação de sua poesia em um jornal impresso.

9.2. O segundo colocado receberá um livro de poesia de um poeta de Cabo Frio-RJ e um certificado.

9.3. O terceiro colocado receberá uma revista literária e um certificado.

Obs.: Caso no decorrer do concurso a comissão organizadora possa adquirir patrocínios os prêmios serão mais pomposos com a realidade do concurso.

9.4.O júri poderá indicar ainda duas menções honrosas, que receberão certificados.

9.5.Em nenhum dos níveis de premiação será permitido o empate.

10. Disposições Gerais

10.1 O GRUPO P.R.O.C.E.S.S.O DE POESIA se reserva o direito de publicar poemas, vencedores ou não, em livros, ficando explícito que o ato de inscrição através da Ficha implica em autorização para publicação.

10.2 No caso da publicação de livros com poemas, o autor receberá 05 (cinco) exemplares a título de direito autoral.


Cabo Frio, 07 de abril de 2008.


REALIZAÇÃO:

APOIO:

sábado, 26 de abril de 2008

20°lugar no I° Concurso POESIARTE.


- 20°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Regina Rocha .
- Natural de São Paulo-SP.
- Cidade em que representa: São Paulo-SP.
- Atividade: Poeta.

- 20°lugar com o poema:

Essência

A essência de todo pensamento
decorre da mais pura naturalidade
que por excelência no momento
invade a alma com intensidade

Oh! Natureza mãe divina
nos céus de azul celestial perpetua
fortaleza sublime de montanhas
de braços abertos sempre irradias

Energias de fontes tão ricas
águas límpidas cristalinas
essências de rosas e jasmins
folhas perfumadas nos jardins

Comunhão perfeita de cores
harmonia revelas aos pensadores
encontrar nos jardins mais secretos
encantamentos plenos de mistérios

(Poeta Regina Rocha)

19°lugar no I° Concurso POESIARTE.


- 19°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Carla Carvalho.
- Cidade em que representa: Rio das Ostras-RJ.
- Atividade: Poeta.

- 19°lugar com o poema:

ESSA
Pin up

Cordiais sorrisos condescendentes
Reflexo de automação em palavras retidas
Doce saliva nociva engole e cala.

E expressões emudecidas
Sapecam meus ouvidos moucos
Sussurrando-me mecanismos convenientes
Assinto, assento a poeira das entranhas.

Convém manter-me em ocupações fúteis
Re-querida pelos risos frouxos
E alguma sofreguidão em apelo
Motivo para aparente desvelo

Não é bem querer, mas ter
Por desvio de conduta sangüínea
E alguma temeridade de vazio
Preenchido pela prenda, presa.

Sangro no rasgo do sorriso treinado
Ensurdeço ouvindo-me escorregar pela garganta
Empurrada pela saliva doce e nociva
Que me contamina para o escarro próximo

Permissiva coisificada
Em madona emoldurada
Louca e nula e enfadada
A tal beleza que foi apreciada.
Assim sirvo
E sigo cultivada...

Memorável metiê.


(Poeta Carla Carvalho)



18°lugar no I° Concurso POESIARTE.


- 18°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Diogo da Silva Cordeiro.
- Natural de Cabo Frio-RJ.
- Cidade em que representa: Cabo Frio-RJ.
- Data de nascimento: 15/09/1988.

- Atividade: Poeta.

- 18°lugar com o poema:



gotas de orvalho

gotas de orvalho!
são seus olhos brilhantes
de sorriso amante...
e encantador.
mais bela que a própria natureza
que a fez com beleza sem par
porém fria
aos meus olhos nunca sorria
mesmo assim me fazia sonhar!
como pode tamanha beleza
ser motivo de dor
sua flor exala estranha fragrância
perfume de amor
alva como a luz que ilumina
a razão que me faz viver
és mulher ,adulta e menina és a própria vida ...
...você................

(Poeta Diogo Cordeiro)

17°lugar no I° Concurso POESIARTE.


- 17°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Valdir Santiago.
- Natural de Fortaleza-CE.
- Cidade em que representa: Fortaleza-CE.
- Data de nascimento: 18/07/1945.
- Atividade: Poeta.

- 17°lugar com o poema:


AS LETRAS

Elas formam sílabas
As sílabas formam palavras
Palavras que formam orações
Orações que têm sujeitos
Sujeitos que têm corações
Corações que têm predicados.

Predicados que geram sentimentos
Sentimentos culpáveis
Sentimentos horríveis
Sentimentos louváveis
Sentimentos alegres
Sentimentos agradáveis.

No dia-a-dia entregamos flores
E às vezes recebemos espinhos
Espinhos que causam dores
Dores que destroem ninhos
Ninhos repletos de amores
Amores recheados de carinhos.

São as letras misturadas
Que formam lindas palavras
Palavras que formam versos
Versos que diferem das prosas
Prosas que estão paralelas às trovas
Trovas companheiras dos poetas nas madrugadas.

São as letras misturadas
Que formam o seu nome
Nome que aumenta esta dor
Esta dor cessaria se confirmasse o seu amor.

São as letras misturadas
Que para todas as línguas
Formam palavras dóceis
E palavras amargas.

São as letras misturadas
Que formam lindas palavras
Palavras substantivadas
Palavras adjetivadas.

Palavras ricas e apropriadas
Palavras que são verbos
Verbos que são verdades
Verdades que enriquecem as palavras.

(Poeta Valdir Santiago)

16°lugar no I° Concurso POESIARTE.


- 16°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Fabio de Souza Batista (Fabio Emecê).
- Natural de Cabo Frio-RJ.
- Cidade em que representa: Cabo Frio-RJ.
- Data de nascimento: 28/07/1981.
- Atividades: Poeta, professor, ativista social e integrante da banda de rap Bandeira Negra.

- 16°lugar com o poema:

Abolido?

De posse da potência estigmatizada
A tez negra que representa a grande pegada
Alva pele sendo enquadrada
A textura do preconceito sendo gozada
O extermínio do fascínio da socialização
A falta de análise da potencialização
Calvagando a negritude na rua de baixo
Enrabando o condicionado no apartamento decorado
O escroto dói, as pernas bambam
O tiro destrói, os contratos claream
Já te disse o quanto a sua brilha?
Já te disse que dá prazer todo dia
A concubina maqueada não argumenta
O trabalhador com sua enxada não lamenta
Ô nego, para de reclamar
Ô nega, não para de rebolar
O membro grande, negro e duro assinando decretos
O corpo libidinoso, negro e formoso formando ministérios
A potência estigmatizada está no poder
Alvas peles de quatro esperam reaver
Só queremos que percebam uma coisa
A capacidade não se constrói através da pele de uma pessoa

(Poeta Fábio Emecê)


15°lugar no I° Concurso POESIARTE.


- 15°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Jhonata da Conceição Paredes.

- Natural de São Gonçalo-RJ.
- Cidade em que representa: Cabo Frio-RJ .
- Data de nascimento: 19/03/1989.
- Atividades: Poeta, ator e estudante.

- 15°lugar com o poema:




Bolinha Azul

Coitadinha, ela é só uma bola
Que nos serve de brinquedo.
E em mais uma 'puta' propaganda
De coca-cola
Ela se acaba de medo.

Não é lindo como ela rola?
Não chute-a deste jeito.
Lembre-se que você cresceu com ela
Dona da euforia até hoje no seu peito.

Te contarei, hoje, uma coisa
Que parece não saber,
Mas esta bola ainda é viva
E muito precisa de você.

Lembre-se que também precisa dela
Mais você dela, que ela de você,
Pois, ela sem você é bola;
Você sem bola, o que irá ser?

Seja parte, pegue a bola!
Não se permita morrer.

(Johnatan Paredes)


14°lugar no I° Concurso POESIARTE.


- 14°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Moacir Eduão.
- Natural de Irecê-BA.
- Cidade em que representa: Irecê-BA.
- Atividade: Poeta.

- 14°lugar com o poema:

PARIDADE INCORRETA


Autor: MOACIR EDUÃO
São Gabriel - Bahia

Um par de deuses
para eu olhar com meu par de olhos míudos.
Planetas desenhados
na galáxia, como se fossem intermináveis.
Meu par de olhos miúdos, enganados, ingênuos,
tenta contá-los, inventar números exatos...
Enganados, ingênuos olhos de sangue,
a ver cometas a mais do que existem.
De uma ampulheta, a novidade espalha-se.
Quebrem-na, deuses infalíveis!
Devolva as areias ao mundo das areias
e as desencarcerem desse vidro fosco
que guarda o tempo.
Par de olhos dúbios, afinando o que era para ser grosso e não uma navalha.
Envolvidos, indevidos como os patíbulos,
perdam-se de meus pés os sapatos
que o destino feriu com suas estradas.


13°lugar no I° Concurso POESIARTE.


- 13°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Flávio Otávio Ferreia.
- Natural de Bela Vista-MG.
- Cidade em que representa: Araxá-MG.
- Atividade: Poeta.

- 13°lugar com o poema:




Algodão Doce!

o sangue escorre vertiginosamente sobre os trilhos metálicos da estação de metrô
hipnótica a mancha se espalha misturada a urina e vômito e secreções

impossível sobreviver às explosões

afinal, a vida é precária para todos, no entanto, existem abutres demais esperando nossas vísceras

não suporto o cheiro da cidade grande – cheira a esgoto e crime – ainda caminho junto a multidão

na tevê pequenos flashs propagandam a calamidade

morte no metrô de Londres – terrorismo – bomba explodiu – tudo pelos ares
todos os olhares se voltaram para o mundo mulçumano.
o terror – fazendo-nos esconder debaixo da cama por medo da próxima bomba ser sobre nosso teto – inocência nossa – acreditar que poderiam explodir nossa casa – pobres mortais

fechamos os olhos e não percebemos o que acontece ao lado
um bêbado caiu no trilho do metrô – se resume agora a uma mancha vermelha e estraçalhada sob a engrenagem dos vagões – e, eu continuo minha caminhada – pensando em minha vidinha frívola e degustando algodão doce azul – pois o mundo continua perfeito – minha vida ainda não saiu dos trilhos


(Flávio Otávio Ferreira)


segunda-feira, 21 de abril de 2008

12°lugar no I° Concurso POESIARTE.


- 12°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Leni Martins .
- Natural de São Paulo-SP.
- Cidade em que representa: São Paulo-SP.
- Data de nascimento: 20 de fevereiro de 1965.
- Atividades: Poeta e artista plástica.

- 12°lugar com o poema:




Águia !

Serei águia a ultrapassar a fronteira,
deslizando entre o céu, sem limites,
sem barreiras.

Serei águia sorrateira,
de vôo rasante e faceira,
de garras afiadas, a rainha
das alturas, impiedosa e guerreira

Águia, eu serei...
nas majestosas tardes ensolaradas,
serei a ave mais cobiçada, de olhar
fascinante, que voa distante, para não ser
alcançada.

Serei águia audaz, de olhar esperto,
penetrante e disperso, guiada pelo destino,
carregarei em meu peito um coração partido,
mas consciente do meu livre arbítrio.

Águia solte seu grito, seu gemido
sobrevoando o penhasco, a vitória é sua
e não o fracasso.

Águia de aço eu serei, saltarei de uma
montanha e neste chão nunca mais pisarei.

(Poeta Leni Martins)

domingo, 20 de abril de 2008

11°lugar no I° Concurso POESIARTE.


- 11°lugar no I° Concurso POESIARTE.
- Nome: Ivy Menon.
- Natural de Cornélio Procópio-PR.
- Cidade em que representa: Cornélio Procópio-PR.

- Atividades: Poeta e advogada .

-
11°lugar com o poema:

supra-sumo

vejo-me pequena menina favelada
em eternas cavalgadas pelo mamonais,
verdes madrigais, eu e eles, nativos

acho que brotei da terra...terra vermelha
tão vermelha quanto o nariz dos italianos
que também brotaram dali.

e meus ramos, ervas daninhas
subindo livres,alegremente livres,
no rumo da galharia
em direção ao céu, tão meu,
tão brejeiro, próximo
sobrenatural

lembro-me crescendo meio
meio empertigada
com raízes incrustadas nas montanhas de pós-de-serra
creio que vim da terra com seus trigais amarelos
tão amarelos quanto os dentes dos italianos
com seus fumos-de-corda que também se fixaram ali.

e os meus cachos lisos e frescos
ganharam espaço, alçaram vôo
soltos no céu tão italiano, surreal

enxergo-me mulher
meio arteira, meio inteira
nas incansáveis caminhadas
pelo teu corpo nu – e marrom –
tão marrom – e nu – quanto os italianos
que mudaram de cor quando perderam o tempo
e misturaram-se à terra dali

e meus rumos, incertos, sem prumos
cavalgam trigais verde-amarelos
e intimido-os se fixo em mim o infinito

de resto:
para o teu grito
o meu urro
para o teu resumo
o meu supra-sumo!

(Ivy Menon)