"Só com a leitura um povo pode se tornar forte em sua cultura." (Rodrigo Poeta)

sexta-feira, 2 de maio de 2025

EDITAL DO XV° CONCURSO POESIARTE

 



XVº CONCURSO POESIARTE DE POESIA 


REGULAMENTO 

1. Participantes: 

1.1. Qualquer cidadão brasileiro ou estrangeiro, sendo que os poemas inscritos estejam em língua portuguesa e língua espanhola. 

1.2. A idade mínima para participação do concurso é de 12 anos. 

2. Período de inscrição: 

2.1. Início: 04 de maio de 2025. 

Término: 10 de junho de 2025. 

2.2. As inscrições serão feitas por via e-mail. Serão só aceitas as inscrições até a data limite (30 de novembro) para: 

poesiartetv@gmail.com 

3. Categoria: 

3.1. Poesia – 1 (uma) por concorrente, com máximo de 3 (três) laudas (folhas). 

3.2. Os participantes poderão enviar sua poesia sem precisar de um padrão específico poético, ou seja, poderão enviar em forma de soneto, haicai, trova, elegia, poetrix, etc. 

4.Tema: “Grande Otelo: da Atlântida para o Mundo."

4.1. O objetivo do tema é estimular a criatividade dos participantes, levando-os a uma reflexão para vida neste século. Uma homenagem ao artista brasileiro Grande Otelo.

4.2. Um pouco da história de Grande Otelo no link:

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grande_Otelo


5.Sobre os textos: 

5.1. Deverão ser escritos em língua portuguesa (idem ao item 1.1), digitados em página branca tamanho A4, utilizar fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12 e espaço 1,5. 

5.2. Não serão aceitos trabalhos manuscritos. (ver item 3.1) 

5.3. Os trabalhos deverão ser inéditos, isto é, ainda não publicados em nenhum meio de comunicação ou em livro e principalmente por sites ou blogs na internet. 

5.4. Os textos deverão conter exclusivamente o título da obra e o pseudônimo do autor. 

5.5. Os pseudônimos não deverão guardar qualquer semelhança com o nome, apelido ou outro fator de identificação do concorrente, pois se houver o inscrito será eliminado. 

5.6. Não serão aceitas inscrições de paródias ou paráfrases. 

5.7. Casos de plágios serão denunciados pela organização do concurso. 

6. Apresentação dos trabalhos por via e-mail deverá seguir o modelo abaixo da ficha de inscrição: 

*Segue o modelo de ficha de inscrição: 

Nome completo; 

Cidade de origem:

Data de nascimento completa: 

Cidade que representa: 

Atividade que ocupa: 

Título do poema:

Pseudônimo: 

E-mail: 

Endereço postal: 

6.1. Caso o inscrito não preencher devidamente o formulário acima não estará qualificado para o certame do concurso. 

6.2. Os trabalhos que não obedecerem às regras deste concurso serão automaticamente desclassificados. 

6.3. Os poemas enviados por via e-mail deverão estar em documento Word, seguindo as especificações do item 5.1. 

6.4. Não serão aceitas inscrições através de PDFS ou digitalizações. 

7. Julgamento: 

7.1. O corpo de jurados será formado por profissionais da área, altamente qualificados pela Comissão Organizadora do Concurso, que serão conhecidos e apresentados brevemente no blog: 

http://concursopoesiarte.blogspot.com/

7.2. As decisões do júri são soberanas e irrecorríveis. 

7.3. Serão ainda critérios para o julgamento das obras inscritas: 

a) Vocabulário. 

b) Conotação (uso de figuras de linguagem). 

c) Ritmo. 

d) Intertextualidade. 

e) Criatividade. 

7.4. Cada item acima valerá 20 pontos, o somatório de todos os itens é de 100 pontos. 

7.5. Serão 04 (quatro) jurados para 1ª etapa, onde sairão 10 finalistas para etapa final; outros 04 jurados farão suas avaliações e irão comentar cada obra finalista, dando o resultado final após o somatório dos pontos. 

7.6. Manter o texto dentro das dimensões propostas no Regulamento. 

7.7. Não serão aceitos trabalhos fora do tema estipulado. 

7.8. Trabalhos com menções pornográficas, preconceituosas (cor, raças, sexo, religião, etc) serão automaticamente eliminados pelo júri. 

7.9. A comissão organizadora decidirá sobre as omissões deste regulamento, depois de ouvida a opinião do júri. 

8.Divulgação dos resultados: 

8.1. A divulgação dos poemas inscritos com os seus pseudônimos será feita através do blog do concurso. 

8.2. O resultado da 1ª etapa, que divulgará os finalistas será no dia 15 de junho de 2025. 

8.3. O resultado final do concurso será no dia 25 de junho de 2025. 

8.4. Tudo será divulgado no blog do concurso. 

8.5. Caso ocorra atrasos nos resultados as datas serão modificadas e os inscritos saberão através do blog. 

9. Premiação: 

9.1. O primeiro colocado receberá um diploma via e-mail (digital), dois livros e medalha. 

9.2. O segundo colocado receberá um diploma via e-mail (digital), um livro e medalha. 

9.3. O terceiro receberá um diploma via e-mail (digital), um livro e medalha. 

9.4. Caso no decorrer do concurso a comissão organizadora possa adquirir patrocínios, os prêmios serão mais pomposos com a realidade do concurso. 

9.5. Não será permitido empate. 

10. Disposições Gerais: 

10.1. Honestidade, transparência e simplicidade são as marcas deste Projeto que no ano de 2025 fará 23 anos. 

10.2. O PROJETO POESIARTE se reserva no direito de publicar os poemas dos três primeiros colocados no blog do concurso, ficando explícito que o ato de inscrição através da ficha implica em autorização para publicação. 

10.3. Os autores dos poemas publicados serão automaticamente avisados por via e-mail. 


Cabo Frio, 01 de maio de 2025. 

Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta) 

Coordenador e idealizador do Concurso POESIARTE 

Presidente do Grêmio Literário Internacional Poesiarte

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

HOMENAGEADOS COM DIPLOMA DA PEACE MISSION E DA POESIARTE

*Uma homenagem ao saudoso mentor 
da PEACE MISSION,  
Wajid Saeed do Paquistão. 

*Edweine Loureiro da Silva
de Saitama - Japão. 

*Kiuder Yero Torres 
de Cuba.


*Paulo João Bico Gomes de 
Guiné-Bissau.

*Osama Khozondar 
de São Paulo/SP.

Dr. Marcelo Reis
de São Paulo/SP.

*Anthony Rasib 
de São Paulo/SP.

*Rodrigo Octavio 
de Cabo Frio/RJ.

*Dareen Tatour 
da Palestina. 

 

domingo, 22 de dezembro de 2024

1ºlugar no XIV CONCURSO POESIARTE


1ºlugar: Geraldo Trombin.
*Poema: Opressão: Ô, Pressão!
*Cidade: Americana/SP.
*Pontuação: 365.


OPRESSÃO: Ô, PRESSÃO!

Lavramos muito bem as nossas terras,
plantamos – o pouco que ainda restava –
das nossas sementinhas de fé e esperança,
fertilizando-as com o adubo do amor.

Feito um tanque de guerra ,
munido de bombas ativadas por
cargas explosivas de ódio,
um batalhão de verdadeiros
famélicos sanguessugas,
vocês caíram matando em cima da gente,
passando por cima de tudo
o que a gente tinha de mais sagrado:

os nossos lares (destruídos);
as nossas famílias: mulheres, filhos,
pais, irmãos (todos destruídos);
a nossa plantação de fé e esperança
para o futuro,
o nosso trabalho (destruídos);
a nossa dignidade (destruída).

Opressão: ô, pressão!

Vocês violentaram e massacraram,
sem dó, os nossos sonhos.
E nós, sobreviventes dessa fúria
beligerante pelo poder,
viramos o “bando dos sem-futuro”:
sem-teto, sem-família, sem-justiça,
sem-nome, sem-pão, sem-terra, sem-trabalho.
Viramos do avesso: refugiados de nós mesmos,
artigos de quinta categoria,
em busca de abrigo, de um ombro amigo.

Mesmo correndo risco,
mesmo correndo perigo,
ouçam o que eu digo:
vocês podem até ocuparem e destruírem
as nossas terras, o nosso chão,
mas nunca, jamais vão ocupar e destruir
o nosso coração, a nossa alma!
Porque nós estamos de mãos dadas com Deus,
protegidos pela sua blindada
e inviolável redoma do Amor!

E digo mais!
Basta dessa guerra psicológica!
Chega dessa guerra de nervos!
Parem já com essa guerra de interesses!

Porque guerra não convém
e não faz bem a ninguém.
Porque, quem entra em uma guerra,
só se ferra.
Porque, se ainda estivesse vivo,
o poeta palestino Mahmud Darwich,
com certeza concordaria comigo,
e, no fim, também encerraria este poema assim:

– Na guerra, até mesmo quem ganha,
sempre sai perdendo!
Porque, na guerra, mal a vida
vai chegando à linha de frente,
já vai, a vida, morrendo.

(Pseudônimo: ALCI)
 

2ºlugar no XIV CONCURSO POESIARTE


2ºlugar: Adilson Monteiro da Costa.
*Poema: Tributo ao poeta Mahmoud Darwish.
*Cidade: São Lourenço da Mata/PE.
*Pontuação: 339.

Tributo ao poeta Mahmoud Darwish

Às vezes,
a pena que rabisca nossa história
precisa se reinventar,
na metamorfose do pincel
que teima colorir o infinito caleidoscópio
de todos os sonhos impossíveis...

A partir daí,
o poeta se desnuda
na doce loucura
do seu universo de quimeras,
em meio às praças,
teatros e mesquitas,
por tantas vezes surdo
às carnificinas dos fuzis,
canhões e das genocidas ogivas...

Quanto ao primeiro filho,
mesmo fechando os olhos às suas asas,
ainda hoje o conduz aos mais longínquos
recantos do planeta,
do Egito à União Soviética,
passando pela França,
Marrocos e Países Baixos...

E o Pássaro sem Asas
ganha outros irmãos,
como o Mural, Estado de Sítio,
Da Presença e da Ausência,
dentre outros...

Enquanto isso,
sua pena também singra,
com igual desenvoltura,
nas ondas turbulentas da política
e das causas sociais,
quando o poeta,
mesmo perseguido pelo sistema,
nunca deixou de sonhar com um mundo melhor.

Mahmoud Darwish,
conseguiste mostrar-nos que,
mesmo com toda a opressão sofrida,
tua pátria manchada do maldito sangue
dos mais irracionais extermínios,
a tua poesia ainda ecoa estridente em nossos corações!

 (Pseudônimo: PACIFISTA DAS ESTRELAS)
 

3ºlugar no XIV CONCURSO POESIARTE


3ºlugar: Elvira Glória Drummond Miranda.
*Poema: Ausências...
*Cidade: Fortaleza/CE.
*Pontuação: 334.


AUSÊNCIAS…

(Em homenagem ao poeta Mahmud Darwich)


É no silêncio que ouço o violino

que acalentava as tardes de verão…

se a mão do tempo escreve meu destino,

eu sopro o sonho com sofreguidão.


É no silêncio que, hoje, aquele sino

bate em meu peito à moda carrilhão,

dobrando a dor aguda… aqui declino

e, temerosa, vou na contramão.


Sinto a presença vil de mil ausências,

vazios cheios de amplas reticências…

(roubaram-me o passado de cetim!)


Da terra em que vivi, do antigo lar,

restou só o prazer de recordar:

o mundo que habitei habita em mim!


(Pseudônimo: Rosália)
 

4ºlugar no XIV CONCURSO POESIARTE


4ºlugar: Mara Regina Ferreira.
*Poema: Meu eu, Darwich.
*Cidade: Rio de Janeiro/RJ.
*Pontuação: 328.


Meu eu,Darwich


Sentei sobre a calçada de um céu amplo e azul,

e dos meus olhos não escapou a beleza da Al-Birweh na Palestina.

Sentado ali, olhei para o céu azul!

Oh, quantas estrelas beijam este chão!

Ah, quantas lembranças me vieram de forma poética e sã!

Um mar de luzes nessa terra; quantas noites escrevi nesse luminar, aquecido pelas fogueira.

Um amistoso deserto em rezas, “salats.”

Também senti o vento cheirando a trigo e oliveiras.

O chá fresco servido entre a distância da caneca e o bico da chaleira.

O mato da Palestina, tão verde quanto o verde da natureza renascida!

O sal vindo, soprado pelo vento da noite

O vento parece feliz, vindo e mudando as areias do deserto.

Oh, Allah!

Sobre essa terra, a constelação beijando as almas, eu sinto!

Constelação beijando cada grão, sim, elas beijam!.

Oh, Allah! Eu escrevi poesias.

As escrevi debaixo desse céu azul.

Falei do amor e da saudade.

Falei da família, dos exilados, dos refugiados e dos retornados.

Falei das cinzas em Al-Birweh

E ela tomada pelos tolos,

Pelas mãos que nos açoitam e matam.

Falei de toda a Palestina, do Oriente Médio e da África.

Escrevi sobre tudo,

Da tristeza até a felicidade.

Nas folhas poéticas, sou um pouco de tudo!

Sou poeta palestino, prosador, jornalista, militante e político.

“Lutei pela causa social,” pedindo paz.

Ser poeta é essa pena dourada no que escrevi, vivenciando.

Escrevi à mão, debaixo desse céu amplo. Sentei-me na calçada do meu pensamento, refletindo sobre a consciência do inimigo, mas eles não têm!

Não esperava pela guerra. Enfim, veio.

Não dei partido a ela, mas aqui lutamos para salvar a Palestina. E nesta terra, esvairam-se os mártires.

Agora, sentarei na calçada, sentindo a brisa do vento e olhando para o céu azul, pela glória de todos os aliados que para lá partiram.


E o meu eu, Darwich!

Poeta, palestino da resistência e da paz, deixarei a minha poética como exemplo e a verdade! Quê, não desistimos dessa terra, sob o céu azul e as amplas estrelas do meu país.

Sou poeta de punho

Por uma Palestina livre.


Homenagem ao poeta “Mahmud Darwich”

(Pseudônimo: HayaBohdan)