"Só com a leitura um povo pode se tornar forte em sua cultura." (Rodrigo Poeta)

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

1°lugar no X° CONCURSO POESIARTE


1°lugar:

*Gisela Lopes Peçanha.
*Título do poema: Eu lhe prometi um jardim de rosas.
*Pseudônimo: Rubra Estrela.
*Cidade: Niterói-RJ.
*Pontuação: 450.

EU LHE PROMETI UM JARDIM DE ROSAS

Sob o jornal do dia,
Jaz: o trabalhador que perdeu a vida
No hiato de um assalto vil.
Em seu leito na calçada fria,
Nas poças de chuva fina
-Solitário, fim do caminho.

E o destino se foi num segundo,
Tal qual um lenço num voo vazio.
Planando sem peso, sem ar e sem viço.

Mas um mendigo desolado
(Junto ao cão sujo e magro),
Uniu-se à cena do crime.
E ajoelhado na água,
Depositou junto ao corpo,
Uma rosa branca e murcha:
Com três pétalas caídas.

Mas ainda assim, uma rosa:
Piedosamente tão linda,
Prestando homenagem e carinho.

A multidão que rondava,
Com dó e curiosidade,
Assistia a esta hora de cinzas.

Os que passavam, olhavam.
Os que paravam, rezavam.
Mas o mendigo chorava- e agia.

Colhendo mais e mais flores,
De todas as mais vivas cores
-Pelos canteiros da esquina.

2°lugar no X° CONCURSO POESIARTE


2°lugar:

*Isabelle Machado do Nascimento.
*Título do poema: Aquela velha flor.
*Pseudônimo: Flor de Jabuticaba.
*Cidade: São Pedro da Aldeia-RJ.
*Pontuação: 385.

        
Aquela velha flor

Minh'alma é triste
Como aquela velha flor, que quase não existe...
Afogo-me no abismo onde o tédio dorme
Não queira ser eu assim, tão solitária, tão uniforme. 

Minh'alma murcha, como um outono de apelos...
Põe-me dias como ilhas, faz-me cruz e põe-me num madeiro. 
Que vitória maligna conseguimos entre sombras e nevoeiros,
Sequestrando ódio, loucuras e desordeiros? !

Não seja eu, aquela velha flor
Fria, solitária...quase sem amor
Perco-me entre os ventos da maldade
Devaneando entre o sonho e a realidade.

Minh'alma se curva como um cortejo imperial
Não para as torturas desse mundo, mas para o que está acima do mal...
Sonhei com o florescer dos dias, da luz que me beijaria ao amanhecer
Sonhei com uma alma pura, e que chega a ser quase loucura tê-la sem querer

Ensaiei meu destino como se fosse escrito por algum autor inexistente
Seria eu, uma metáfora, ou uma menina inocente?!...

3°lugar no X° CONCURSO POESIARTE


3°lugar:

*Fábio Kawati.
*Título do poema: Flores do bem.
*Pseudônimo: Daniel Reyna.
*Cidade: Sinop-MT.
*Pontuação: 353.

Flores do bem

Lá no Gueto de Varsóvia
plantei lírios no verão
colocados lado a lado
junto à Estrela de Davi

Nos jardins de Hiroxima
plantei rosas sem urânio
abraçadas pelo vento
florescidas com vigor

Lá no chão do Vietnã
vi as pétalas do lótus
refletidas pelo sol
renovadas pelo amor

Na sofrida Sarajevo
vi brotar um novo tempo
irrompendo alegremente
no sorriso da criança

Entre as duas grandes torres
vi nascer um belo ramo
ressurgindo glorioso
à imagem do futuro

Pudera eu
plantar em cada canto
um verso de esperança
uma flor contra o terror!

Pudera eu
colher desses jardins
estrofes de alegria
ramalhetes de ternura!

Pudera eu
dedilhar uma canção
entoada com afeto
entre as floridas paisagens!

Pudera eu
poetizar as emoções
dos abraços apertados
e das flores sempre belas!

terça-feira, 23 de agosto de 2016

4°lugar no X° CONCURSO POESIARTE



4°lugar:

*Airton Souza.
*Título do poema: Uma flor contra o terror.
*Pseudônimo: Caroço de Tucumã.
*Cidade: Marabá –PA.
*Pontuação: 352.

Uma flor contra o terror

para o personagem José Arcadio, do romance “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez


com penumbras nas mãos
caminhou ao desamparo
profundamente entediado
dos motivos mecânicos da misericórdia

incomodava-se
com o limbo solitário
de atravessar dissipados cataplasmas

tem afeição ao que lhe é rude
& concebe segredos

horror ao que lhe é explicável
como as borboletas noturnas
concedendo pragmáticos agouros 

no princípio era o pêndulo
arrefecendo suspeitas

depois a prodigiosa ordem
a trotar na assombrosa
mecânica do mundo

desfeitas as perfeições
em nome da semelhança
criou-se no tumulto
a crença insepultável
num deus infotografável
com um cheiro de alfazemas

agora
diante de um pelotão de fuzilamento
aprendeu:
o amor não cura aflições
por isso trouxe uma flor contra o terror. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

5°lugar no X° CONCURSO POESIARTE


5°lugar:

*Carlos Edmilson Silva Dantas.
*Título do poema: O fruto da resistência.
*Pseudônimo: Barão Azevedo.
*Cidade: João Pessoa-PB.
*Pontuação: 351.

O Fruto da resistência

P'ra cada tiro que nasce no mundo
morre, de tanto desgosto, uma flor.
E é morte que causa ao planeta dor,
morte que deixa estéril o que é fecundo.

Cada arma de fogo que, num segundo,
extingue da flor da vida o esplendor,
embora advogue em favor do terror
fomenta também algo mais profundo.

Porque no humano que se revolta,
contra tal violência que ceifa a vida,
nasce um soldado da paz esquecida
que a tudo que é belo oferece escolta.

E ele percebe que já tinha então
arma poderosa em seu interior,
bem em seu peito, arma em forma de flor
que ostenta pétalas qual munição.

No humano que presencia a dor
rebela-se o fruto da resistência,
p'ra combater o terror da violência,
nasce em seu coração a flor do amor.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

6°lugar no X° CONCURSO POESIARTE


6°lugar:

*Millena da Costa Inácio.
*Título do poema: Flores do Amanhã.
*Pseudônimo: Milly Costa.
*Cidade: Cabo Frio-RJ.
*Pontuação: 347.

Flores do Amanhã

Entre o olhar de uma criança,
Vejo o desespero tomar forma.
As dores sem resposta de uma alma
A procura de esperança.

Sonhos quebrados em cinzas!
Tempo perdido no olhar...
Olhos de sangue e dor
Derramados entre chamas de pavor

Tantas guerras, tantas ilusões...
Bombas! Elas não se acabam
No terror dos furacões.

Parece que o mundo se perdeu
Está sombrio e sem vida,
Onde não há mais paz
E nem um pingo de amor.

Será que fui à última, a saber?
De tudo que passou, sem solução?
Será que não entenderam
As batidas de meu coração?

Elas procuram por ainda um dia
Que tudo isso possa acabar,
Aonde iremos resgatar nossa fé
E levar a algum lugar.

Doce flor, doce paz...
Enfeite a vida que há em meu cais
Lute comigo nessa guerra,
Que será apenas de pétalas a mais.

Rosas que enfeitam meu caminho,
Sejam levadas pela flor do Destino
A quem por vocês procura
Entre as masmorras cruéis da vida.

Doce esperança esteja comigo nessa dança,
Unindo nossos pares, numa vida de criança.

sábado, 13 de agosto de 2016

7°lugar no X° CONCURSO POESIARTE



7°lugar:

*Francisco Bandeira Lima Junior.
*Título do poema: Mote (em Cordel): Uma Flor contra o Terror.
*Pseudônimo: O Parnasianista.
*Caucaia-CE.
*Pontuação: 330.

Mote(em cordel):"UMA FLOR CONTRA O TERROR"

Uma verdadeira fé,
não há ódio e fanatismo,
é isenta de egoísmo
nos leva além do até.
Como já disse Vandré
(Um grande compositor)
contra o ódio e o torpor,
contra mísseis e canhões:
lancem dos seus corações
"UMA FLOR CONTRA O TERROR"

Um abraço fortalece
os laços da amizade,
a luz da simplicidade,
somente,nos enriquece,
a energia da prece
tem um único condutor:
a paz que cessa o rancor
e lança no mesmo segundo
do coração para o mundo
"UMA FLOR CONTRA O TERROR"

Plante a semente da paz
no solo do coração,
veja a multiplicação
que essa semente nos traz,
você é forte e capaz
como um bom agricultor,
ao invés de trauma e dor,
quem planta amor,ao amar,
vai,no mundo,germinar
UMA FLOR CONTRA O TERROR"

Um sorriso e um bom dia
para alguém,no seu caminho,
libertar um passarinho
que,detido,corruxia,
ao mendigo,em noite fria,
dar colchão e cobertor.
contemplar o criador
respeitando a natureza,
se lançará(com certeza!)
"UMA FLOR CONTRA O TERROR"

É a presença do mal
qualquer ausência do bem,
você,melhor que ninguém,
sabe o seu valor real.
tratar todos por igual,
sem ter distinção de cor,
sem juízo de valor,
lançará,sem preconceito,
lá do fundo do seu peito
"UMA FLOR CONTRA O TERROR"

o mundo só mudará
se você mudar seu mundo,
no seu coração fecundo
o mal não germinará,
mais fácil,perdoará
o seu mais forte opressor,
de uma chispa de amor
lançará,como um cometa
e perfumando o planeta,
"UMA FLOR CONTRA O TERROR"

Faça,na alma,o desenho
da sua paz como o mapa,
em etapa por etapa,
faça jus ao desempenho,
honrar com todo empenho
seu diploma de doutor,
e por onde você for
fará da paz o seu templo,
lançando com seu exemplo
"UMA FLOR CONTRA O TERROR"

Sem ter tempo,você passa
contra o tempo,em contratempo,
É pelo laço do tempo
que você se entrelaça.
Você será uma caça
de um único predador,
se agir com desamor
sem praticar caridade,
não lançará de verdade
"UMA FLOR CONTRA O TERROR"

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

8°lugar no X° CONCURSO POESIARTE



8°lugar:
*Renilson Cardoso Leal.
*Título do poema: Suave perfume.
*Pseudônimo: Lopes.
*Cidade: Três Cachoeiras-RS.
*Pontuação: 329.

Suave perfume...

Quando lanço um olhar para uma flor
Encanto-me logo com a sua beleza,
Pois sei que ela representa o amor
E engrandece a mãe natureza;

Todas as flores são coloridas e belas
Além de serem também perfumadas,
Flores vermelhas, brancas ou amarelas
Um carinhoso agrado às namoradas;

Rosa vermelha é o símbolo da paixão
A rosa branca, inocência e bondade,
A rosa laranja traz encanto e emoção
E a amarela representa a felicidade;

Temos os lírios que nos trazem sorte
As gérberas que transmitem alegria e paz,
Flores que também simbolizam a morte
Mas que na vida nos dizem muito mais.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

9° lugar no X° CONCURSO POESIARTE




9° lugar:
*Paulo Roberto de Oliveira Caruso.
*Título do poema: Trova.
*Pseudônimo: Felisberto Tristão.
*Cidade: Niterói-RJ.
*Pontuação: 327.        

Trova

Prometi-te morte em sangue
do revólver do torpor,
mas eu dei-te... ao som do bang...
uma flor contra o terror!

terça-feira, 9 de agosto de 2016

10º lugar no Xº CONCURSO POESIARTE



10º lugar:
*Andressa Cristina Paschoalin.
*Título do poema: Flor E Ser.
*Pseudônimo: Cecília Lobo.
*Cidade: Rio de Janeiro-RJ.
*Pontuação: 307.

Flor E Ser

Cercada de espinhos, difícil é ver
Que o malmequer tão bem me quis.
Tanto Sol se pôs e fincada infeliz,
Cultivava terror ao amanhecer...!

E meu vasto jardim interior,
Em terra farta, mas perecível,
Viu-se num horror indivisível
Com tanta flor sem portador...

Hoje, a estação foi outra vez...
Só quando esquecidos meus porquês,
Nasceram trilhões de pés de amor!

A vida é um lento desabrochar
Para colher não é só plantar,
Muda de dor: botão de flor!